Martial Arts: Capoeira Angola
By Njoli Brown *Entrevista em Português
Conheço o Mestre Mestre Baba há muitos anos e fiquei honrado pela disposição de me dar essa entrevista e de compartilhar um pouco de sua jornada na capoeira, nas artes culturais e na vida, juntamente com algumas das idéias ele ganhava. Agradeço a todos por abordar este primeiro dos meus artigos em português e estou ansioso por mais oportunidades para apresentar trabalhos multilíngues.
Njoli: Você pode falar um pouco sobre a primeira vez que você foi exposto à capoeira?
Baba Jan: Primeira vez quando conhecia a capoeira, na realidade ja existia varias capoeiristas na rua no bairro de Massaranduba que eu cresci. Então minha Mae e meu pai conhecia a coordenadora Ana Rosa responsável pelo Grupo de União e Consciência Negra – nesse grupo tinha varias tipo de atividades que envolvia manifestações de matriz africana. Era teatro, capoeira, samba, maculelê, poesia, musica e mas. Eu entrei a participar e tomar aula com esse grupo com 8 a 10 anos de idades, e eu ia juntos com 2 irmão meu. Ai eu comecei a capoeira com Grupo de Capoeira Angola Pelourinho, núcleo Mangueira projeto Ginga Moleque com Mestre Moraes. Depois Mestre Moraes manda Mestre Valmir, Mestre Poloca e Mestra Paulinha para dar aulas no projeto.
Njoli: Como a capoeira e a cultura “negra” foram vistas e recebidas em sua família e comunidade?
Baba Jan: A capoeira sempre existia a perseguição e descriminação. Muitos pais não queria seus filhos dentro da capoeira que pensava que capoeira era coisa de marginal ou vandalos. Mas eu começo capoeira e muitos amigos também começava que nosso pais sabia que nos estavam nas boas Maos dentro do Grupo de União e Consciência Negra e de mestres que queria ver nosso bem da parte do GCAP.
Njoli: Você pode falar um pouco sobre suas primeiras experiências de treinamento? Quem foram alguns de seus colegas? Quais foram as coisas que você achou desafiadoras? Quais foram as coisas que te inspiraram a continuar?
Baba Jan: Meus amigos de capoeira que sempre andava juntos da escola, no bairro e na capoeira pra treinar, tocar berimbau e tudo. Ricardinho, Moises, Lourival, Virgilio, Marquinho, Ricardo, Jeane, George, Iverson, Marcelo, e mas. Hoje em dia a única que continuou na capoeira sou eu. Quando comecei no treinamento começou quando mestre falava ‘Ginga’ e ninguém sabia oque era. Nos tinha visto mas capoeira regional na rua então começava tentar movimentar nosso corpo assim. Desafiadora era tentar entrar na roda de capoeira. Nossos pais levava pra roda de GCAP no dia de domingo no Forte do Santo Antonio. Na roda la tinha muitos referencias para nos criança de querer ser que nem Mestre Moraes, ou Valmir, Poloca, Cobra Mansa, Paulinha, Cizinho, Pepeu e dai quando a roda começa tinha que estar pronto no uniforme, no horário certo, e quando tinha momento de entrar na roda com adulto, e vc criança, pequena. Ai era o desafio de jogar com adulto, entra na vida de capoeira, tomar rasteira de qualquer jeito. A inspiração de continuar era e ainda ate hoje são as referencias de pessoas boa, dos mestres levando a tradição da capoeira a seria.
Njoli: Como sua experiência com a capoeira tem dado conta de sua perspectiva social e política?
Baba Jan: Capoeira me ajudou na perspectiva social de viver no meio da sociedade misturar com varias tipos de pessoa, de saber entrar e sair em qualquer lugar, fazer trabalho com crianças, incentivar a fazer capoeira e atividades pra tirar da rua e mal caminho.
Njoli: De que maneira você fez a capoeira por conta própria? Quer dizer, como você inclui sua identidade pessoal na arte?
Baba Jan: Ninguém começa capoeira por conta própria, eu penso que sempre tem o incentivo de alguém. O aprendizado da vida ajuda a pessoa pega coragem pra se expressar com povo, os alunos, em dia dia pra saber oque falar e como orientar os alunos do jeito que eu aprendi com os mestres.
Njoli: Qual o papel da sua família no seu desenvolvimento como capoeirista e como artista?
Baba Jan: A minha familia que me botou na capoeira e ate hoje me apoia.
Njoli: Quais são alguns dos benefícios que você vê ao usar as artes afro-brasileiras como uma ferramenta para a construção de comunidades?
Baba Jan: O que eu vejo e que as artes afro-brasileiras não existem sem comunidade. E essas comunidades são importante para fortalecer qualquer pessoa, participante nessas artes de ter um apoio de amizade e ate un tipo de familia maior para poder apoiar e depender na vida. Eu penso numa sociedade como aqui nos Estados Unidos, pessoas tem visao muitas individualistas e precisam mas desses tipos de comunidade e apoio na vida de cada um.
Njoli: Quais são alguns dos desafios que você enfrentou na construção da comunidade?
Baba Jan: Desafio na construção de uma comunidade e voce começar com um trabalho e aparecer pra compartilhar sua sabedoria, e ninguém aparece o dar valor daquilo que vc sabe nem o tempo que você estar la. De chegar todos os dias no seu espaço e nao tem ninguém pra querer aprender. Ai voce volta pra sua casa triste. Mas ai que precisa a forca de continuidade que aos poucos aparece alunos. Com 20 alunos ou 1 aluno o professor precisa esta presente e resistente pra nao desistir da comunidade.
Njoli: Quais são algumas das aspirações que você tem para o seu projeto atual?
Baba Jan: As minhas aspirações e manter o grupo firme e forte, de samba e de capoeira. Tentar conseguir que o povo veja meu objetivo e trabalho, e que as pessoas reconheço o esforço que dou pra estar presente cada dia pra ver os alunos progredir. Quero ver o Espaço Cultural Samba Trovao crescer cada vez mas, com projetos com crianças ate os adultos. Quero também que os meus mestres reconhece o meu trabalho de manter a tradição com dignidade fora do Brazil.
Njoli: Quais são algumas maneiras pelas quais você chamaria sua comunidade para ajudar e apoiar?
Baba Jan: E a comunidade sempre comunicando e participando. E eu convidando e sendo presente de sempre abri o espaço pra qualquer um chegar e sentir respeitado.
Adicionando:
Livaldi “BabaJan” da Cruz was born and raised in Massarunduba, in the Lower City of Salvador, Bahia, Brazil. He has been training Capoeira Angola for over 30 years and has been a practicing and performing musician for more than 20 years.
In 2003 Baba was invited to come from Brazil to Washington DC to be the director of a residency program at Kamit Institute for Magnificent Achievers (KIMA) public charter school. There, using Capoeira and Afro-Brazilian music, he developed a unique program of physical education and music studies for high school and middle school students. At this time Baba also became one of the teachers at FICA DC and founded the samba reggae group Samba Trovao. In 2013 Baba started his own chapter of FICA in Maryland. In 2015 Baba Jan received the title of Contra Mestre in Salvador, Bahia, Brazil at the 20th conference of the International Capoeira Angola Foundation (ICAF or FICA) and soon after began his own project Capoeira Angola No Mato.
Deus te abençoe e ilumine.
Menino da Cidade Baixa.
Livaldi.
Babá Jan